Atividade Física nas Empresas: uma estratégia MUITO lucrativa
- denise pagnussatt
- 14 de set. de 2022
- 7 min de leitura
A visão de que quem fazia atividades físicas era apenas o desocupado, o entusiasta fitness ou o atleta, ficou no passado.
Na atualidade, a realização de atividades físicas regulares é considerada a melhor forma de prevenir muitas doenças e viver mais e melhor, conforme documento elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater o sedentarismo.
A Revolução Industrial, século XVIII, contribuiu para a explosão de doenças osteomioarticulares nos trabalhadores, que mais tarde receberam o nome de LER (lesões por esforço repetitivo)/DORT (doenças osteomioarticulares relacionadas ao trabalho).
Mais tarde, com a Era da Informática, uma nova epidemia adentrou as empresas...o sedentarismo funcional, na qual os trabalhadores ficam muitas horas na mesma posição, seja sentada ou em pé, manuseando os mais diversos maquinários.
O resultado de toda essa transformação no ambiente e no modo de trabalhar foi o aumento no comportamento sedentário, no estresse e ansiedade, inflamações e contraturas por esforços repetitivos, lombalgia, perda de audição entre outras, com a consequente queda de rendimento ou afastamento do colaborador.
Comportamento sedentário é o conjunto de atividades na posição sentada, com um gasto calórico próximo do basal.
Absenteísmo e presenteísmo são termos utilizados frequentemente pela medicina ocupacional dentro dos mais diversos tipos de empresas.
Absenteísmo é utilizado quando o colaborador está ausente no ambiente de trabalho, seja por atrasos, saídas antes da jornada ou ausências justificadas por atestado ou não justificadas.
Aqui, para atender o nosso objetivo, absenteísmo significará a ausência ao trabalho por motivos de saúde, como lesões incapacitantes ou doenças crônicas, tais como diabetes, hipertensão, artrose e outras que possam afastar o colaborador para tratamentos.
Presenteísmo é quando o colaborador comparece ao trabalho mas não consegue desempenhar adequadamente suas funções por causa de alguma lesão, problema de saúde, incapacidade física ou preocupação pessoal/familiar.
O presenteísmo é um fantasma dentro de uma empresa, pois, comparado ao absenteísmo, é muito difícil identificar, principalmente porque muitos colaboradores evitam expor seus problemas físicos ou mentais com o receio de serem demitidos por incapacidade laboral.
O absenteísmo e o presenteísmo são problemas que devem ser combatidos diariamente dentro das empresas, pois a perda de produção possui um custo que impacta negativamente as finanças.
Um estudo demonstrou que o absenteísmo e o presenteísmo, somados, custam 3575 dólares/colaborador/ano, valor muito superior às despesas médicas e farmacológicas, estimadas em 1165 dólares/colaborador/ano. O presenteísmo representou 64% do custo total!
Nos países mais industrializados, o absenteísmo e o presenteísmo causam perdas bilionárias todos os anos.
Um outro estudo observou uma perda produtiva estimada entre 1.392 e 2.592 dólares/colaborador/ano na maior companhia de serviço financeiro dos EUA, o que representou impressionantes 99 a 185 milhões de dólares anuais.
Este mesmo estudo concluiu que desmotivação, estresse, tabagismo, sedentarismo, hipertensão, hipercolesterolemia e obesidade eram fatores que contribuíam para um maior nível de presenteísmo.
A maioria dos fatores que desencadeiam o presenteísmo são evitáveis.
A importância da atividade física na saúde e desempenho do trabalhador
Conforme escrito anteriormente, a atividade física é fundamental para a saúde e qualidade de vida para todas as pessoas, independente da idade, sexo, condição física ou de saúde.
Porém, são pouquíssimas as empresas que possuem programas ou estrutura para proporcionar uma melhora nas condições físicas de seus colaboradores.
O primeiro relato de atividade física aplicada para o trabalhador em um ambiente de trabalho ocorreu na Polônia, em 1925. Logo se estendeu para Holanda e Russia e, nos anos 60, Alemanha, Bélgica, Suécia, Japão e EUA já aplicavam alguns exercícios específicos em pausas adaptadas na jornada de trabalho, denominada como ginástica laboral.
No Brasil, a ginástica laboral tomou corpo no final dos anos 70, com a aplicação de exercícios de aquecimento, alongamentos, localizados e compensatórios durante pausas que duravam de 5 a 15 minutos.
Os benefícios que foram observados nas empresas que aplicavam a ginástica laboral foram a redução do estresse, depressão e ansiedade e melhoras na flexibilidade, força, coordenação, ritmo, agilidade e resistência, promovendo uma maior mobilidade e postura.
Entretanto, o modelo tradicional de ginástica laboral pode não ser tão efetivo para melhorar de forma significativa parâmetros de saúde do colaborador, provavelmente porque a características dos exercícios empregados são de baixa intensidade e de efeito mais localizado para proporcionar mais relaxamento do que um benefício em termos de aptidão física.
Atualmente, algumas empresas com um olhar mais voltado para a saúde do colaborador têm construído pequenos espaços e contratado professores de educação física para elaborar programas de atividade física nestes ambientes.
Outras empresas disponibilizam incentivos para seus funcionários, como reembolso de parte da mensalidade de academias ou parceria com convênios que dão acesso a milhares de academias espalhadas pelo mundo.
Um dos convênios muito utilizado pelas empresas é o Gympass, uma plataforma que dá acesso às academias, personal trainer, nutricionista e outros programas de bem estar e saúde por valores bem acessíveis, pois parte do investimento é subsidiado pela empresa.
A BreakFit está conveniada ao Gympass e para ter acesso às aulas basta fazer o cadastro e agendar suas aulas conforme a agenda. Inclusive, escrevemos sobre o Gympass recentemente em nosso blog (clique aqui e leia).
Qual o benefício para a empresa que incentiva a cultura da atividade física entre seus funcionários?
Um dos benefícios desejados de qualquer programa de atividades físicas é a melhora na capacidade funcional do indivíduo, a qual podemos definir como a habilidade em executar determinada tarefa com o mínimo de fadiga aparente.
Diante disto, podemos esperar que o aumento na capacidade funcional de um colaborador possa refletir em uma maior produtividade durante a jornada de trabalho. E foi exatamente este o resultado de um estudo.
Este estudo, que foi realizado na Finlândia com mais de 3000 indivíduos e publicado em 2022, demonstrou um maior engajamento com mais vigor e dedicação nos trabalhadores que mais praticavam atividades físicas.
Estes achado são confirmados e uma recente revisão sistemática de literatura, que mostrou que funcionários que realizam atividades físicas regulares desempenharam melhor suas funções no trabalho e, muito importante, ficam menos ausentes na empresa.
Portanto, incentivar que os funcionários sejam fisicamente ativos promove uma melhor produtividade para a empresa e ainda combate os temidos monstros absenteísmo e presenteísmo.
Conforme escrito logo no início deste artigo e novamente neste último tópico, implementar atividades físicas ou incentivar que o funcionário seja ativo fisicamente reflete em maior produtividade em qualquer empresa.
A empresa produz mais porque o colaborador é mais engajado e falta menos ao trabalho quando o sedentarismo é combatido.
Mas, infelizmente, a grande maioria das empresas acha que implementar espaços, programas ou incentivos financeiros para que seus colaboradores sejam mais ativos fisicamente é aumento de custos apenas.
O professor de educação física, Marcelo Costa (clique aqui e conheça mais sobre o professor), que é o idealizador do método BreakFit, desenvolveu um projeto de pesquisa para um dos editais 2019 da FAPERGS, intitulado "Desenvolvimento de um protocolo de atividades físicas no cotidiano de empresas: foco na saúde ocupacional, desempenho dos funcionários e redução do absenteísmo e presenteísmo".
Foi um projeto desenhado em colaboração com professores da PUCRS e do Hospital de Clinicas de Porto Alegre, que seria realizado nos funcionários deste conceituado hospital universitário.
Um dos pontos abordados pelo professor Marcelo Costa para justificar a implantação de programas de atividades físicas dentro das empresas é a relação custo-benefício.
Leia mais: Saúde e bem-estar no Trabalho
Em um estudo muito discutido neste projeto, ficou demonstrado que, para cada dólar investido em programas de promoção da saúde para os colaboradores, há o retorno de 3,4 a 6 dólares.
Há um retorno de 340 a 600% do valor investido na promoção da saúde dos colaboradores.
Esse retorno, que representa incríveis 340 a 600% do investimento, ocorre porque o funcionário passa a produzir melhor devidos aos seguintes mecanismos:
Aumento da capacidade física;
Melhora nos parâmetros de saúde;
Melhora do bem estar físico e mental;
Redução do estresse e ansiedade;
Redução das lesões musculoesqueléticas;
Maior cooperação entre os colaboradores;
Redução do presenteísmo;
Redução do absenteísmo.
Desta forma, uma empresa que pensa na sua saúde financeira também precisa pensar na saúde de seus funcionários, investindo em programas que proporcionam saúde e qualidade de vida, como a implantação e incentivo para as atividades físicas.
Como a BreakFit pode ajudar sua empresa?
O método BreakFit foi desenvolvido através de muita experiência prática e leitura de estudos científicos.
Dentre estes estudos, podemos citar o grupo da cientista dinamarquesa Gisela Sjøgaard.
Este grupo realizou vários experimentos com a implantação de atividades físicas dentro de diversos tipos de empresas na Dinamarca, incluindo hospitais.
Os resultados obtidos confirmam tudo que escrevemos ao longo deste artigo, tais como maior produção ocupacional, redução do presenteísmo e do absenteísmo e maior retorno financeiro para as empresas.
Os achados foram tão animadores que os pesquisadores denominaram o programa como "Treinamento Físico Inteligente".
Tal programa consistia em alguns minutos de atividade física de estímulos variados ao longo da jornada de trabalho, como, por exemplo, pedalar 10 minutos em uma bicicleta ergométrica disponibilizada em um saguão de um hospital, realizar séries de polichinelos e agachamentos.
Estes protocolos, com poucos minutos mas com intensidades maiores de atividade física, garantiram maior assiduidade e continuidade ao treinamento físico sem despender muito tempo da jornada de trabalho para a sua execução.
Desta forma, a metodologia da BreakFit é embasada na ciência e pode atender adequadamente qualquer tipo de empresa, pois os treinos são de curta duração, estímulos variados a cada sessão e de fácil execução em qualquer espaço, seja no escritório, no saguão ou até mesmo na linha de produção.
As opções que a BreakFit disponibiliza para as empresas são:
Assessoria para implantação e manutenção de atividade física dentro da própria empresa, com opção remota ou presencial;
Contratação de pacote para atendimento em grupo na sede da BreakFit;
Contratação de pacote para atendimento remoto em grupo na casa do colaborador.
Independentemente da escolha do plano contratado, o empresário ou gestor pode ter a garantia de que seu colaborador terá mais saúde e qualidade de vida, e muito mais feliz, que irão render muito mais lucro para a sua empresa!
Entre em contato e marque uma conversa para conhecer a nossa proposta individualizada para atender da melhor forma possível sua empresa e faça parte do seleto grupo de empresas que investem na saúde de seus colaboradores.
* escrito por Marcelo Costa, Professor de Educação Física e Doutor em Bioquímica- CREF 2562/RS
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