Câncer de mama: o exercício físico como aliado na prevenção
- Marcelo Costa
- 17 de out. de 2022
- 7 min de leitura
Atualizado: 13 de fev. de 2023
Estamos no mês de outubro e, muito provavelmente, você já deve lido ou assistido nas mídias matérias sobre OUTUBRO ROSA.
O Outubro Rosa é um movimento que surgiu no início dos anos 90, nos Estados Unidos, como forma de conscientizar as mulheres para a prevenção e o tratamento do câncer de mama.

Fonte: wayhomestudio / Freepik
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama ultrapassou, em 2020, o de pulmão como o câncer mais diagnosticado ao redor do mundo.
No Brasil, conforme dados publicados em 2022 pelo Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama foi o responsável pelo óbito de quase 12/100.000 mulheres no ano de 2020.
O câncer de mama matou 12 a cada 100.000 brasileiras em 2020.
E está enganado quem acha que esse é um problema exclusivo das mulheres, pois cerca de 1% dos casos são diagnosticados em homens.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais na mama, formando um tumor capaz de migrar para outros órgãos, podendo levar ao óbito.
Quando a mulher recebe um diagnosticado de câncer de mama, a vida se torna um constante ponto de interrogação.
Quanto tempo eu terei de vida?
Quanto tempo levará o tratamento?
Perderei meus seios?
Ficarei sem cabelos?
Virou metástase?
Essa inquietação e dúvidas referente à doença, além do tratamento, muitas vezes agressivos, fazem cair a qualidade de vida da mulher, que pode se tornar mais ansiosa, estressada, deprimida e frágil.
A retirada das mamas é uma fase que abala a mulher psicologicamente, fazendo sua auto estima e feminilidade despencar, tornando o apoio da família muito importante.
Mas como ocorre essa doença?
É possível prevenir ou reduzir seu impacto?
Conhecer as respostas para estas perguntas é fundamental para que a mulher afaste ao máximo o risco de desenvolver este tipo de câncer ou fazer com que um possível tratamento seja o menos danoso possível.
Prevenção e fatores de risco
São muitos os fatores que levam ao câncer de mama, sendo o avanço da idade o principal.
As exposições e o nosso comportamento ao longo da vida se somam às alterações biológicas do envelhecimento e podem potencializar o risco para este tipo de câncer.
Os principais fatores de risco para o câncer de mama são resumidos abaixo:
Idade. O envelhecimento aumenta o risco, sendo a maioria dos casos nas mulheres acima dos 50 anos;
Genética. História de câncer de mama na família, principalmente em mulheres abaixo dos 50 anos, câncer de ovário familiar e alterações nos genes BRCA1 e BRCA2 são motivos para a mulher ter uma rotina de exames mais frequente;
Hormonal e idade reprodutiva. Não ter filhos ou ter a primeira gestação após os 30 anos de idade, menarca antes dos 12 anos e menopausa após os 55 anos de idade e uso de contraceptivos hormonais ou reposição hormonal prolongada são fatores a serem considerados;
Obesidade. O excesso de peso, principalmente na forma de gordura, causam alterações hormonais que podem potencializar o risco;
Sedentarismo. O baixo nível de atividade física aumenta o risco para o câncer de mama;
Álcool e cigarro. Quanto maior o consumo destas substâncias tóxicas, maior o risco;
Exposição em exames. A exposição frequente a exames como tomografia, raio-x, mamografia e a agentes ionizantes podem potencializar o aparecimento de um câncer de mama, o chamado câncer radioinduzido.
Quanto mais fatores de risco estiverem presentes em uma mulher, maior a probabilidade dela vir a desenvolver o câncer de mama.
Como apenas 5 a 10% dos casos de câncer de mama estão associados à fatores genéticos e hereditários, torna-se fundamental o controle dos chamados fatores comportamentais.
O estilo de vida é o único fator controlável para o câncer de mama.
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama são atribuídos a um estilo de vida inadequado, como o sedentarismo, tabagismo e excesso de peso corporal.
Mulheres que amamentam seus filhos possuem um fator de proteção contra este tipo de câncer.
Quando a mulher se encaixa no perfil para o desenvolvimento do câncer de mama, ela precisa procurar seu médico para a orientação de um controle mais preciso e constante.
Quanto mais cedo for detectado este tipo de câncer, maior será a taxa de cura.
No vídeo abaixo, a aluna do BreakFit, Patrícia Kauer, de 50 anos de idade, apresenta seu relato sobre o impacto do câncer de mama na sua vida.
Exercício físico e câncer de mama
Uma quantidade insuficiente de atividade física, conhecida como sedentarismo, contribui para o risco de desenvolver um câncer de mama.
O controle do sedentarismo é tão importante para a saúde que ele já foi abordado de forma específica no nosso site. Clique AQUI e leia mais.
Um estudo recente, publicado numa das revistas científicas mais conceituadas, observou que uma grande quantidade de atividade física reduzia o risco de câncer de mama em 17 e 23% na mulheres pós e pré-menopausa, respectivamente.
Além disso, outro estudo relatou que as pacientes que mantém o nível de atividade física recomendado durante e após o tratamento possuem um menor taxa de recorrência e uma mortalidade de pelo menos 50% inferior àquelas que não fazem atividades físicas.
A mutação nos genes BRCA1 e 2 aumenta o risco de câncer de mama, principalmente na mulheres mais jovens, os famosos cânceres hereditários, nesses casos, a importância de hábitos de vida saudáveis é ainda mais crucial.
Nessa linha, uma revisão recente demonstrou que a atividade física regular possui um papel importante na prevenção ou no retardo do aparecimento do câncer de mama nas mulheres pré-menopausa que possuem mutação nestes genes.
O benefício de fazer atividades físicas durante o tratamento e após não se remete apenas à doença, pois existe melhora na qualidade de vida com a adoção de comportamentos mais saudáveis é essencial nessa fase muito conturbada para as mulheres.
O Colégio Americano de Medicina do Esporte recomenda pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada ou 75 minutos de atividades físicas vigorosas. Clique AQUI para ler mais.
Porém, apenas fazer atividade física regularmente pode não ser o suficiente, pois estudos têm demonstrado que a intensidade é mais importante que a quantidade na prevenção e na mortalidade por câncer.

Em um destes estudo, as mulheres que apresentaram a maior capacidade cardiorrespiratória, também conhecida como aptidão física, tiveram a menor taxa de mortalidade, conforme mostra a figura ao lado.
A capacidade cardiorrespiratória é uma medida simples, normalmente realizada através de um teste de esteira junto ao cardiologista. Uma baixa aptidão física é fator de risco para qualquer causa de morte.
Elevada aptidão física tem maior proteção contra o câncer de mama.
Desta forma, se você deseja obter os maiores benefícios da atividade física para a sua saúde, procure atividades físicas mais intensas, como aquelas que farão sua respiração ficar mais ofegante e o coração bater mais rápido.

Acima temos uma esquematização dos mecanismos pelos quais a atividade física protege contra o câncer de mama.
Em resumo, o controle da gordura corporal, de marcadores inflamatórios e da glicemia mediados pela atividade física parece ser a chave na redução do risco ou no controle do câncer de mama.
Como o BreakFit ajuda a combater o câncer de mama?
Como discutimos até o momento, a atividade física é fundamental na redução do risco para o desenvolvimento do câncer de mama ser sedentário é uma opção que acaba com a sua saúde, qualidade de vida e finanças.
E manter uma rotina de atividades físicas não é difícil, mas para isso você precisa se colocar em primeiro plano. Clique AQUI para ler algumas dicas para lhe ajudar nesse novo momento.
O BreakFit é um método desenvolvido a partir do treinamento funcional, calistenia, cross training e HIIT (sigla para treinamento intervalado de alta intensidade), e ele está focado em auxiliar pessoas na promoção da saúde e qualidade de vida através da atividade física.
As sessões de treinamento são compostas por diferentes exercícios que trabalham o corpo como um todo, com grande massa muscular envolvida e pouco intervalo entre os mesmos, resultando em intensidades mais elevadas.
Esta intensidade elevada e variação de estímulos a cada aula garante resultados mais rápidos, o que é fundamental para dar motivação extra para os treinos.
O BreakFit é um treino completo, dinâmico e intenso.
A duração de cada treino é em torno de 30 minutos, o que facilita a organização da rotina com a casa, família e trabalho, sendo possível achar espaços adequados na agenda para manter o foco nas atividades físicas.
A combinação da alta intensidade e curta duração é baseada na ciência, garantindo efetividade e baixo risco de lesões, comuns nas atividades de alta intensidade e longa duração.
Estudos mostram uma maior efetividade nos HIIT que nos treinamentos convencionais para a saúde e a maioria dos demais objetivos.
Os agendamentos são livres, podendo o aluno escolher o dia e horário para adequar diariamente a sua rotina com a rotina das atividades físicas.
As aulas em grupo ajudam na motivação, mas, caso seja necessário, os professores promovem alterações em alguns exercícios para que a saúde do aluno esteja sempre em primeiro lugar.
O BreakFit é efetivo e seguro para qualquer pessoa.
São adotados procedimentos para garantir segurança e monitorar os resultados dos alunos, como:
Anamnese: os professores fazem uma conversa com o aluno para conhecer fatores importantes na orientação para os exercícios e, caso necessário, é indicado consultar com seu médico para melhor avaliação da situação;
Avaliação física: medidas são realizadas conforme as necessidades para assegurar que o treinamento esteja sendo eficiente;
Posturografia: análise da postura ajuda na orientação para os exercícios físicos;
Prescrição individualizada: apesar das aulas serem em grupo, os professores modificam constantemente os exercícios para atender as características físicas e clinicas de cada aluno;
Aquecimento: exercícios articulares e de mobilidade são aplicados no início de cada sessão para preparar o corpo para a fase mais intensa do treinamento;
Volta à calma: exercícios de alongamento e relaxamento ao final da sessão de treinamento ajudam na recuperação do corpo após treino intenso.
Um estudo de revisão recente confirma que a forma com que nosso método é executado pode ser seguro e efetivo para as pacientes com câncer de mama.
Nas retiradas da mama, os exercícios localizados para a região são inseridos conforme a cicatrização e tolerância ao exercício vai evoluindo.
O volume de exercícios é ajustado frequentemente nos casos de alguma terapia contínua, evitando que a sobrecarga de exercícios possa, principalmente, exigir um esforço maios do sistema imunológico.
O benefício da atividade física será sempre maior que os riscos em mulheres diagnoticadas com câncer de mama.
No imagem abaixo, temos uma das turmas realizando o treino do dia, cada aluno seguindo sua intensidade de esforço.

O BreakFit segue protocolos de segurança e eficácia.
Quer conhecer mais sobre o nosso método e aproveitar uma semana de aulas experimentais? Clique no botão de Contato e converse com um dos nossos professores. Ou entre em contato via whatsapp.
* escrito por:
Marcelo Costa, Professor de Educação Física e Doutor em Bioquímica - CREF 2562/RS
André Teichmann, estudante de medicina-UFCSPA
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