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Existe a chamada “genética” da obesidade?

Atualizado: 23 de mar.


Fonte: Freepik, 2023.
Fonte: Freepik, 2023.

Todo mundo conhece alguém que “só de cheirar” algo na padaria parece que já ganha 2 Kg não é mesmo?


Será que essas pessoas já estão “pré-programadas” para terem dificuldade no emagrecimento?


Ou será que é a soma de comportamentos ambientais e fatores internos ao metabolismo do indivíduo que impulsionam uma tendência prévia a engordar?


Descubra mais a respeito da temática no texto abaixo, preparado com carinho para você!


Entenda por meio desse texto como esses fatores genéticos e também os ambientais podem influenciar no seu processo de emagrecimento.


Boa leitura!


DESCUBRA NA LEITURA DESSE TEXTO

  • O processo do emagrecimento

  • Como a genética pode interferir

  • Hábitos de vida realmente são mais importantes?

  • Como a Breakfit pode te ajudar nisso

O PROCESSO DE EMAGRECIMENTO


Emagrecer é o desejo de muita gente. A mulherada então, sempre tem uns quilinhos a mais para perder. Não é mesmo?


Contudo, esse processo é único e diferente para cada pessoa. As dificuldades, desafios e facilidades são individuais para cada um que se aventure nessa jornada de secar a barriga.


E esse pensamento é realmente válido, no entanto, alguns dados sobre os chamados “genes da obesidade” podem trazer a conversa para um outro ponto, o da genética populacional.


Apenas para uma prévia da conversa, entenda que as pessoas com um forte componente genético apresentam uma resposta diferente ao ambiente “obesogênico”, podendo ter uma maior propensão à obesidade, que, hoje, corresponde a cerca de 28% da população brasileira, enquanto o sobrepeso fica com a fatia de 31% dos brasileiros, segundo dados do SISVAN- Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional.

Além da obesidade herdada, que é rara, há a categoria mais comum, da obesidade poligênica.


Ela é o resultado de centenas de polimorfismos (variações na sequência de DNA), onde cada um tem um pequeno efeito.

Essa soma de pequenas expressões, muitas vezes moduladas pelo ambiente, resultam na chamada “maior facilidade para engordar”.

Vejamos mais afundo como a genética pode influenciar no seu processo de emagrecimento.

COMO A GENÉTICA PODE INTERFERIR


Antes de mais nada, é preciso salientar que tudo o que se sabe a respeito de genética relacionada com a obesidade ainda se encontra no campo da pesquisa e aprofundamento científicos.

É um cenário vasto, interessante e de grande potencial exploratório no presente e no futuro.

Tentamos trazer alguns avanços nas pesquisas nesta área da genética vinculada ao emagrecimento para que você possa ter uma ideia de como ter pré-disposição (ou não) para o ganho de peso não é o único fator decisivo para uma vida mais leve, saudável e bela.

Fonte: Freepik, 2023.
Fonte: Freepik, 2023.

Primeiramente, é preciso ressaltar que o sobrepeso e a obesidade, de causa multifatorial e associados a doenças que vão de diabetes a diversos tipos de câncer, refletem, de modo simplório, e o desequilíbrio entre a energia consumida e a gasta.

Só que não é uma equação simples, facilmente resolvida com o velho conselho de “comer menos e malhar mais”.

Já se sabe que vários fatores contribuem para a sensação de fome e para o metabolismo da gordura. Entre eles, a genética.


Embora estejam longe de representar a bala de prata que derrotará a obesidade, os estudos sobre a influência dos genes têm ganhado destaque e espaço nas publicações científicas.


A expectativa dos pesquisadores é de que, ao se identificar mutações no DNA que, por exemplo, dificultem a sensação de saciedade ou a queima da energia estocada, seja possível desenvolver abordagens terapêuticas que, aliadas a mudanças no estilo de vida, promovam o emagrecimento saudável.


MAIS SOBRE O ASSUNTO

Os estudos da genética associada à obesidade já renderam importantes frutos.


Por exemplo, em 1994, cientistas descobriram o hormônio leptina, envolvido, entre outras coisas, na sensação de saciedade, na absorção de nutrientes e no metabolismo da gordura.

Alterações em genes responsáveis pela resposta cerebral à produção dessa substância, especialmente um, chamado “ob”, dificultam o gasto calórico ao mesmo tempo em que promovem a fome exagerada.


Pesquisas demonstraram que, em pessoas com obesidade hereditária, o tipo mais raro da doença, a produção da leptina é normal, mas polimorfismos (alterações na sequência do DNA) impedem que o cérebro compreenda isso.

Ele, então, continua mandando instruções para que se adquira mais e mais calorias. Esse conhecimento levou ao desenvolvimento de terapias para um grupo extremamente reduzido de indivíduos com uma forma de obesidade hereditária.

Fonte: Freepik, 2023.
Fonte: Freepik, 2023.

Nessa mesma seara, pesquisadores da Universidade de Pós-Graduação do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST), no Japão, identificaram uma proteína que desempenha um papel fundamental na forma como o cérebro regula o apetite e o metabolismo.

De acordo com o estudo, publicado na revista Science, a perda da proteína XRN1 resultou em ratos obesos com apetite insaciável. No experimento, os camundongos sem XRN1 não responderam à presença do hormônio, ou seja, desenvolveram resistência à leptina, com isso desbalanceando o mecanismo de saciedade.

Isso se deve, em grande parte ao hipotálamo, uma estrutura do tamanho de uma amêndoa que libera hormônios no corpo, ajudando a regular a temperatura corporal, o sono, a sede e a fome.


Do mesmo modo, outra descoberta relacionada ao chamado fenótipo da gordura foi o polimorfismo rs9939609 do gene FTO. Esses polimorfismos somados, em tese, predispõe o indivíduo para um maior consumo calórico ao longo do dia e favorecem o acúmulo de peso, dificultando o emagrecimento.


Apesar dessa barreira genética, o estudo concluiu que a prática de exercícios físicos e a alimentação parecem ser os principais influenciadores no desenvolvimento do sobrepeso/obesidade e na instalação das comorbidades associadas.


Agora, os hábitos de vida realmente podem suplantar a genética quando o assunto é emagrecimento?


HÁBITOS DE VIDA REALMENTE SÃO MAIS IMPORTANTES?

Não há dúvidas de que os fatores genéticos facilitam ou dificultam a vida das pessoas quando o assunto é emagrecimento.

Por outro lado, a genética é como uma arma e os hábitos de vida/exposição ambiental é como apertar o gatilho, ou seja, o que realmente vai definir a expressão ou não da pré-disposição para engordar é o modo como se leva a vida no dia a dia.


E aqui estamos falando daquele “feijão com arroz” bem feito de sempre: dormir bem, se alimentar corretamente, praticar atividade física…


É importante lembrar que o tratamento deve ser individualizado.


Pensando nisso, a ajuda de um profissional nutricionista/educador físico pode ser bem importante para te orientar a ter hábitos mais saudáveis.

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Desse modo, você está evitando a expressão de algum polimorfismo genético que favoreça o ganho de peso e irá favorecer o seu processo de emagrecimento.

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Seu corpo e mente agradecem!

Dê um break e seja mais fit!

Escrito por André Teichmann, estudante de medicina UFCSPA.

REFERÊNCIAS


GENERA. “FTO, O Gene Do Risco à Obesidade.”Genera, 13 Sept. 2019. Disponível em: <www.genera.com.br/blog/gene-obesidade>. Acesso em: 30 maio, 2023.


HARRISON, Medicina Interna, 17ª edição, 2010

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