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Tireoide: a culpa é mesmo dela?

Atualizado: 12 de fev. de 2023


Tireoide. Freepik, 2023.

“ É tireoide ”!


Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu alguém falar ou colocou a culpa nela por uns quilinhos a mais na balança, não é?


Agora, você sabe para que serve a tireoide?


Quais os processos que ela regula no metabolismo?


Como a tireoide pode ser aliada ou não nos resultados do seu treino?


Aquela sopa de letrinhas “TSH, T3, T4” que costumam confundir, descubra aqui para que servem!


Nesse texto explicamos brevemente sobre como ela funciona, suas disfunções, como pode impactar nos seus objetivos metabólicos e como você pode contornar essa situação.


Boa leitura!


Qual a função da tireoide no nosso corpo?

A glândula tireoide, a famosa “borboletinha” na porção anterior do pescoço, é responsável pela produção de 2 hormônios:


- Tetraiodotironina (tiroxina, T4)

- Triiodotironina (T3)


Ela possui a nobre e importante função de regular o metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras no organismo a partir dos hormônios que produz.


E para a síntese desses hormônios tireoidianos é necessário iodo, aquele mesmo do sal de cozinha sabe?


Inclusive foi esse o motivo da adição de Iodo ao sal, para prevenir o Bócio, uma doença tireoidiana decorrente da falta desse elemento.


Qual o mecanismo por trás do funcionamento tireoidiano?

Para entender melhor como funciona essa glândula, devemos rapidamente compreender o chamado eixo hipotálamo-hipófise.

Nele estão envolvidos os hormônios:

  • TRH- Produzido pelo Hipotálamo, estimula a Hipófise

  • TSH- Produzido pela Hipófise, estimula a Tireoide

  • T3/T4- Hormônios Tireoidianos com atuação sistêmica


Basicamente é um sistema de controle de feedback, ou seja, há um percurso no sistema neuroendócrino a ser seguido até a liberação de hormônios pela tireoide:

  1. Hipotálamo recebe informações do sistema nervoso

  2. Hipófise recebe essas informações (TRH) transmitidas pelo hipotálamo

  3. Em resposta a hipófise libera hormônios (TSH) que ativam a tireoide

  4. As concentrações de hormônios circulantes produzidos pela tireoide (T3/T4) são detectadas novamente pelo hipotálamo

  5. O hipotálamo então aumenta ou diminui o estímulo sobre a hipófise para buscar o equilíbrio (homeostase).

E quando a tireoide não funciona como deveria?

É o próximo assunto desse texto, acompanhe!

Disfunções da tireoide e como podem impactar nos seus resultados

Quando se trata de disfunções tireoidianas, simplificadamente podemos dizer que podem ser devido à menor produção hormonal (hipotireoidismo) ou maior produção hormonal (hipertireoidismo).


Obviamente os impactos metabólicos de cada uma das condições são diversas, como veremos a seguir:

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo pode ser subclassificado em 2 tipos:


Primário: diminuição da secreção de T3/T4 pela tireoide. Os níveis de TSH continuam elevados.

As principal causa pode ser autoimune- Tireoidite de Hashimoto. Outras causas incluem: pós-tratamento com radioiodo, defeitos enzimáticos, deficiência de iodo.

Secundário: quando os problemas estão na produção de TRH pelo hipotálamo ou TSH pela hipófise.

Os sinais e sintomas de hipotireoidismo primário são, geralmente, discretos e insidiosos.


Os sintomas iniciais mais comuns são retenção de líquidos e inchaço, especialmente periorbital, cansaço, intolerância ao frio, constipação, cabelos e pele secos, pressão arterial baixa.


O exame padrão ouro para auxiliar na identificação do hipotireoidismo é o chamado TSH sérico.


Uma outra condição é o chamado hipotireoidismo subclínico, a elevação do TSH sérico em pacientes com sintomas ausentes ou mínimos de hipotireoidismo e concentrações séricas normais de T4 livre.


Tratamento: geralmente com a administração de levotiroxina (T4 oral).

Em termos de prática esportiva, geralmente são pessoas que se cansam mais facilmente, sentem-se indispostas com maior frequência e possuem uma dificuldade muito maior no processo de emagrecimento.


Olhemos agora para o outro lado da moeda, a produção excessiva dos hormônios tireoidianos.


Hipertireoidismo

O hipertireoidismo nada mais é do que um hipermetabolismo e concentrações elevadas de hormônios tireoidianos livres.


As principais causas incluem Doença de Graves, Bócio multinodular, Tireoidite (inflamação da tireoide).


Aqui geralmente as concentrações de T3 estão mais elevadas que T4, enquanto o TSH está reduzido, diferentemente do hipotireoidismo em que o TSH se encontra mais elevado.

A medição sérica do TSH também é o exame de referência.

A sintomatologia costuma ser sudorese mais intensa, batimentos cardíacos elevados, metabolismo acelerado, fadiga e perda ponderal (de peso).

Diante de uma hiperprodução de T3/T4 como no hipertireoidismo, é o clássico caso de pessoa com facilidade extrema de emagrecimento, incluindo aqui perda de massa magra.

Apresentados os 2 principais tipos clínicos de disfunção tireoidiana vale lembrar que você deve procurar seu médico de confiança para rastreio e diagnóstico dessas situações, caso você apresente a sintomatologia.

Será mesmo “culpa da tireoide” os resultados que você vem obtendo?

Chegamos então ao momento esperado, apresentadas as principais patologias da tireoide, como saber se a tireoide impacta mesmo ou não no meu treino?

Caso você já tenha consultado com seu médico e não tenha alterações que o encaixem nas condições clínicas apresentadas, muito provavelmente seu problema não é decorrente da tireoide.

Então dessa forma podemos olhar para outras possibilidades, como necessidades de ajustes na dieta, um treino mais adequado e correto, por exemplo, seriam opções a se considerar sem dúvidas!

Parece bobagem, mas a quantidade de pessoas que deixam de alcançar resultados satisfatórios por detalhes considerados óbvios como boa alimentação e constância nos treinamentos é algo inacreditável.

Ah, lembrando que se você foi diagnosticado com hipo/hipertireoidismo e está em acompanhamento/tratamento, saiba que você pode colher os mesmos resultados que uma pessoa normotiroxêmica (com a função da tireoide regular).

Formas de acelerar o metabolismo

Diversas são as formas de “acelerar” o metabolismo.


Uma opção interessante seria o consumo de alimentos considerados termogênicos, como gengibre, canela, chá verde, hibisco, dentre tantos outros.


Para isso a orientação de um profissional nutricionista seria uma boa pedida.

Outra forma seria aplicar um treino intenso, em que você maximize o gasto calórico por minuto treinado e que de preferência a queima se estenda para além do momento de treinamento.

Nesse ponto a Breakfit pode ser a sua solução, conforme veremos no tópico a seguir!

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Sabendo que constância e intensidade são chaves para os resultados de verdade, aqui na Break você encontra esses dois fatores.

Com treinos dinâmicos e intensos, de 30 minutos, você mantém o metabolismo ativado muito depois de finalizado o treino.

Isso quer dizer que você irá potencializar, baseado na nossa metodologia exclusiva, todo o seu gasto metabólico diário.

Assim, você não precisa mais colocar a culpa na “tireoide” caso não seja de fato ela que esteja impactando seus resultados.

Além disso, tem forma melhor de manter-se engajado com os treinos ao longo da semana do que sendo eles dinâmicos, interativos e que cabem na rotina de todo mundo?


Ah! E para aqueles que andam com a agenda mais apertada, possuímos ainda os treinos na modalidade on-line.


Uma ótima opção para manter essa constância necessária!


E Se você ainda não conhece o programa mais intenso da Breakfit, está perdendo tempo!



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EXTRA: caso queira mais informações a respeito da tireoide, segue uma sugestão de site bacana do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.


Escrito por André Teichmann, estudante de medicina UFCSPA.


Referências

Alimento termogênico: o que é e exemplos - eCycle. Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/termogenico/>. Acesso em: 10 fev. 2023.

Douglas RS, Kahaly GJ, Patel A, et al:Teprotumumab for the treatment of active thyroid eye disease.N Engl J Med 382(4):341–352. 2020. doi: 10.1056/NEJMoa1910434

Jonklaas J, Bianco AC, Bauer AJ, et al: Guidelines for the Treatment of Hypothyroidism: Prepared by the American Thyroid Association Task Force on Thyroid Hormone Replacement.Thyroid 24(12): 1670–1751, 2014. doi: 10.1089/thy.2014.0028

Ross DS, Burch HB, Cooper DS, et al: 2016 American Thyroid Association Guidelines for Diagnosis and Management of Hyperthyroidism and Other Causes of Thyrotoxicosis.Thyroid26(10):1343–1421, 2016. doi: 10.1089/thy.2016.0229



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